À MINHA TURMA ECHO DOIS

Um Echo-II nunca fica para trás!

À MINHA TURMA ECHO DOIS

         Alô turma Echo II!

         Queria poder dizer isto pessoalmente mais não deu e espero que um dia nós possamos voltar a se reunir.(lida no dia 01 de agosto de 2015, terceiro encontro comemorativo, preparatório para a comemoração dos 30 anos)

         Creio que já estão de saco cheio de tanto esticar e dobrar o braço, também pudera, trezentos (ou será menos?) jurando, é sacanagem.

         Para vocês que ficam pra dar uma “chance à Marinha” desejo muita sorte e pouca faxina. (o que sinceramente…).

 (Saí dias antes da formatura em busca de um sonho de criança, nesta última noite escrevi esta carta e deixei com meu amigo de Marinha Barros – Ricardo Britto de Barros, que a guardou por 29 anos)

         Nesses últimos dias já devem se perguntar por aqueles dias iniciais de inscrição, prova e exames e a vinda até aqui, se valeu alguma coisa.

         Não tive mas suponho este sentimento que os toca agora, eu quase tive. Mas vocês foram melhor e por isso merecem, que eu acredite em suas juras…(credo, parece até o Dominó cantando…). (O grupo Dominó fazia sucesso em nossa época)

         Analisando este ano achamos cada fato insólito que nunca mais esqueceremos. Foram tantas faxinas, tantos serviços.

         E as pessoas…

         “Negativo”, lembram do abobrinha?

         O “caveirinha”  que hoje os acompanha, o “pinto”, o “Krek”, o “walligator”… (por favor quem lembrar quem eram, contribua, minha memória só lembra de dois que me referia, o “caveirinha e o Walligator)

         Foram caras marcadas, figuras estranhas, amigos reais…Se houve algo de bom, certamente a chamaremos: “AMIZADE”.

(esta frase foi a que mais me emocionou neste reencontro)

         Queria que neste momento todos estivessem reunidos no auditório e lá conversássemos. Assim a ECHO que não é única, estivesse junta.

         DOIS porque batemos em dois, na echo uno e foxboy uno, que tivemos um grito e um canto de guerra.

         Ambiciono me ver vendo os ECONIANOS de Santa Catarina se levantando e gritando conosco, em sacanagem com os boys de lá.

         Não, não vou ficar com as mãos na cadeira pedindo pelo padrão da turma, tem mais é que sacudir mesmo!

(não me lembro quem era que ficava exigindo isso)

         Essa união aconteceu por que um certo oficial dizia que: “em nosso encontro vocês prometeram que…” Mas que houve luta, houve sangue, houve suor.

(também não me lembro quem dizia isso, mas desconfio que foi o Albuquerque – era esse o nome dele?)

         Não apenas convivemos, mas vivemos juntos 11 meses de dureza, de injustiças, de bucetas, de pulo de piscina, de serviço, de rancho, de… sei mais o que!

         Nossa turma sobreviveu aos chutes de um certo sargento de antes, das agregações de um certo cabo e os padrões de um certo chato.

(esse trecho também faz referências que não me lembro o que queria dizer)

         No dia treze não estarei em corpo, mas espiritualmente lhes entregarei as divisas e chamarei à ordem toda a turma ECHO II como a agraciada pelo desempenho de cada um de seus integrantes.

         E ainda chamaria o cabo piu-piu, o cabo exterminador do futuro, o cabo chico, o boca murcha, o bigode, o sargento Melo, o cabo Josmar e tantos outros.

(também não me lembro de todos, só com fotos para poder lembrar)

         E é claro na frente cornetando o nosso padrinho: Por quê? Porque ele não se limitou a ser apenas o cabo, mais, ele foi amigo e isso basta. Pra que dizer mais?

(cabo Jadir, inesquecível)

         Mas é isso aí seus otários. Vão lá e jurem bandeira, seus otáros de Vitóra. É porque o tio Tóbi vai estar aí, aquele otáro.

(O sargento Tobias, comandante do quarto pelotão tinha esse jeito carinhoso de tratar a todos, mas sabíamos que era muita mais aparência do que verdade – esse trecho tem muito mais a ver com seu pelotão)

         E rindo afinal (acabaram-se os desligamentos) o coelhão, o raquítico, o homem-licença, o bigodão do estanque, o sorriso solto do dentista, e o pião do tenente.

(Coelhão, o comandante, os demais não me lembro)

         No palanque, seus pais e familiares felizes, no campo vocês também, e nós outros, los paisanos, também vencendo, também sorrindo.

(avaliei que neste trecho, apesar da minha baixa, estava extremamente confiante no meu futuro, olhando para trás e analisando minha vida nesses 29 anos, reverencio imensamente a Marinha do Brasil, que me forjou uma coragem que não sabia que tinha, por isso sempre serei um ECHO II da EAMES)

         Que Deus lhes acalme os mares, que vossos navios sejam as lindas galeras que navegam nos mares imensos em noite apagada, que vossas fardas lhe deêm o brilho do verdadeiro: MARINHEIRO DO BRASIL.

         Nesta última noite, neste último silêncio, desejo a vocês toda a felicidade do mundo e que nossa amizade nunca seja destruída.

         Meu nome é PARAJARA, ou melhor: Tarci Gomes Parajara.

         AM 2-4112 GR QSP MN ou melhor: CIVIL.

(hoje, sou professor formado na área de agronomia, professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e muito me orgulha esse meu passado, feliz por reencontrar muitos amigos que dividiram dias de angústia, faxina e sonhos).


01-08-2015

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