HOMENAGEM A TURMA ECHO II – EAMES – 1986
1986, um ano de mudanças.
Naquele ano, a juventude brasileira comemorava o fim dos anos de chumbo e a subida ao poder do primeiro Presidente da República não militar de pois de 20 anos de governos militares. Um estilo musical estava em voga, o Rock Nacional. O maior festival de Rock depois de Woodstock, o Rock in Rio, realizara-se no ano anterior e seus bons ventos ainda sopravam em todos que tiveram a oportunidade de curti-lo. Era a época da Legião Urbana, Capital Inicial, Barão Vermelho, a Blitz e o RPM. Ser jovem estava na moda!!!
A alvorada de 1986 começou com o brilho especial, acompanhado do medo e a angústia do desconhecido, sentimentos próprios e naturais do processo de mudança que envolveu quase 300 rapazes que, com seus 18 anos (alguns até menos), se encontraram para trilhar uma jornada ao encontro do seu destino, em direção a Vila Velha, no Espirito Santo e lá formarem a TURMA ECHO II que esse ano completa 29 anos de existência.
Nessa grande família chamada ECHO II, alguns membros necessitam ser lembrados: Cabo Jadir, Sargento Bento, Sargento Vital, Cabo Piu-Piu, Cabo Caroço, Cabo J. Carlos (Cambiriba), Mestre Henrique, Sargento Ferrari, Tenente Albuquerque (Qué Qué), Cabo Erasmo, e outros tantos que, de um jeito ou de outro, contribuíram para a nossa formação como homens durante os 11 meses que passamos na EAMES. Alguns não estão mais entre nós, mas deixarão saudades (ou não!!)
Hoje, lembramos com saudade daquela aventura, muitos de nós seguimos a carreira das armas e outros tantos decidiram trilhar uma vida fora do sacerdócio militar e escolheram outros sacerdócios, com o Direito, a Medicina, a Administração, a Educação, o Empresariado, etc. Alguns amigos, infelizmente, ficaram pelo caminho e se juntaram ao criador, para esses gostaria de pedir um minuto de silêncio.
É amigos, acabou nosso tempo!!! A escola agora já é uma página de nossa história! História permeada de alegrias e tristezas; bons e maus momentos que a saudade não nos deixará esquecer. Muitos de nós, nos conhecemos lá na EAMES, não tínhamos nenhum vínculo, outros já se conheciam de outros lugares, a maioria era do Rio de Janeiro, mas havia aqueles que eram de outros estados, de outras realidades, de outras culturas. Porém mesmo assim, nasceu entre nós uma amizade quase de irmão, pois o vínculo que criamos foi tão forte que é atemporal. Cada um agora, de um jeito ou de outro, faz parte da história do outro. Cada um deixou uma marca de si com os outros.
Para homenagear a todos cito aqui William Shakespeare, na sua peça Henrique V:
“Os velhos se esquecem; tudo mesmo acaba esquecido, mas ele se lembrará, com orgulho das proezas que realizou naquele dia. E então nossos nomes, tão familiares em sua boca quanto os de seus parentes serão, nos copos transbordantes, vivamente lembrados. Esta história o bom homem ensinará ao seu filho (e filha); e nenhuma festa acontecerá, desde este dia até o fim do mundo, sem que nela sejamos lembrados. Nós estes poucos e felizes; nós, um punhado de sortudos; nós, um bando de irmãos…pois quem hoje derrama o seu sangue junto comigo passa a ser meu irmão. Pode ser homem de condição humilde; o dia de hoje fará dele um nobre”.
PARABÉNS ECHO II
SO-PL SILVA ALVES (GR 2-1111)
01-08-2015